Mitos sobre a Vacinação

2023-07-12

São vários os mitos e equívocos que se cometem quando se fala de Vacinação, que devem ser efetivamente combatidos.

O mito mais generalizado é que as vacinas não são seguras, quando na realidade só o processo de aprovação de uma nova vacina requer uma avaliação e testes exaustivos, para garantir que é segura e eficaz. Cada lote de vacina é controlado separadamente e após a pré-qualificação e licenciamento, a vacina continua a ser monitorizada pelas entidades responsáveis e competentes, sendo que qualquer efeito colateral grave relatado é investigado de forma minuciosa.

Outro mito bastante comum relacionado com a vacinação é que a mesma causa autismo em crianças, sendo que não existem evidências de uma ligação entre a vacina contra sarampo, papeira e rubéola ou qualquer outra vacina e autismo ou distúrbios autistas. Um estudo de 1998, criado por Andrew Wakefield, afirmava que as vacinas contra o sarampo/papeira/rubéola provocavam autismo nas crianças. O estudo foi desacreditado, uma vez que, apesar da coincidência entre a idade do diagnóstico da doença e a administração das vacinas, seguiram-se outros estudos científicos credíveis que demonstram não existir uma relação entre a vacinação e o autismo.
Também relacionado com crianças, existe a crença que vacinar as mesmas com várias vacinas em simultâneo pode aumentar o risco de efeitos severos e pode sobrecarregar o sistema imunitário. Porém, evidências científicas revelam que administrar várias vacinas ao mesmo tempo, não afetam o sistema imunitário de uma criança.

Abordando mais um mito referente à temática, existe também a convicção que é melhor ser imunizado via doenças, do que por vacinas. Ao que a Ordem dos Farmacêuticos refere que “a resposta imune às vacinas é semelhante à produzida pela infeção natural”, reiterando ainda que “o preço pago pela imunidade através de infeção natural pode ser muito mais grave, como, por exemplo, o atraso no desenvolvimento mental causado por infeções de Haemophilus influenzae tipo b (Hib), defeitos congénitos da rubéola, cancro do fígado pelo vírus da hepatite B ou morte por sarampo”.

Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças que matavam milhares de pessoas todos os anos até à metade do século passado. É fundamental combatermos estes mitos que existem sobre a vacinação, para assim impedirmos epidemias.

Mitos sobre a Vacinação